O juiz da 3ª Vara Criminal da Capital, Alexandre Abrahão Dias Teixeira, aceitou denúncia do Ministério Público estadual contra Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica, e Charle Dickson Pereira da Silva, acusados do assassinato de André Luiz Barreto Serralho, ocorrido no dia 1º de agosto de 2016, em Curicica, Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio.
De acordo com a denúncia, o crime teria sido cometido por motivo torpe, em razão de disputas internas dentro de organização criminosa popularmente conhecida como milícia que atua no bairro da Curicica. Orlando Curicica é investigado pela Divisão de Homicídios da Capital como suspeito pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Na decisão, o magistrado destacou que “o perfil violento, em especial destes denunciados, seus passados criminosos e a certeza de impunidade têm levado a prática desse tipo de conduta no nosso estado. Hoje, apenas para frisar, o Rio de Janeiro conta com inúmeras pessoas executadas em razão de confrontos promovidos por facções criminosas do tipo ‘milícia e/ou tráfico’”.
O magistrado também decretou a prisão preventiva de Orlando Curicica e de Charle Dickson, embora ambos já estejam presos, acusados de outros crimes.
O juízo da 4ª Vara Criminal do Rio de Janeiro decretou no dia 27 de julho, a prisão preventiva de Orlando Oliveira de Araújo, conhecido como Orlando Curicica, suspeito de envolvimento com os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A prisão decretada pela Justiça, no entanto, não tem relação com o caso Marielle. O motivo é um homicídio ocorrido em 2015.
Curicica está preso desde outubro de 2017 e, em junho deste ano, depois de ser apontado como suspeito do assassinato de Marielle, foi transferido para a Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Ele nega envolvimento no crime.