Subiu para 109 as localidades no Nordeste atingidas pelas manchas de petróleo cru. Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), os quatro novos locais identificados estão no Ceará - município de Jijoca de Jericoacoara - e no Maranhão - nos municípios de São Luís, Santo Amaro do Maranhão e Alcântara.
As novas manchas identificadas pelo Ibama foram vistas nos dias 25 e 26 de setembro. Nessa quarta-feira (25), o órgão informou que as manchas que apareceram em várias praias do Nordeste, incluindo Pernambuco, é petróleo cru e que não é produzido pelo Brasil, mas a origem ainda não foi identificada. Até o momento, o único estado em que não há registro da substância oleosa é a Bahia. Em Pernambuco, as manchas foram vistas no início de setembro.
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Todas as localidades atingidas pelo petróleo cru podem ser conferidas clicando aqui.
Animais
A substância foi identificada em nove tartarugas, sendo seis delas encontradas mortas, duas em Pernambuco. Uma ave também foi atingida. Segundo o Ibama, não há evidências de contaminação de peixes e crustáceos, mas a avaliação da qualidade do pescado capturado nas áreas afetadas para fins de consumo é competência do órgão de vigilância sanitária.
Veja onde atingiu em Pernambuco
Praia de Gamboa, Porto de Galinhas e Nossa Senhora do Ó - Ipojuca
Praia Del Chife - Olinda
Praia de Carneiros e Praia de Tamandaré - Tamandaré
Praia de Boa Viagem - Boa Viagem
Praia de Candeias e Piedade - Jaboatão dos Guararapes
Praia do Paiva e Ilha Cocaia - Cabo de Santo Agostinho
Praia de Catuama e Pontas de Pedras - Goiana
Praia da Conceição e Pau Amarelo - Paulista
Praia do Forte Orange - Itamaracá
Investigação
Uma investigação do Ibama, com apoio do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, aponta que o petróleo que está poluindo todas as praias seja o mesmo, e a origem não é do Brasil.
“Esse tipo de acidente nunca tinha acontecido aqui no Brasil. Normalmente, as manchas de origem desconhecida, que é o caso dessa, são de pequeno impacto e abrangem só um estado. É a primeira vez que a gente está vendo um acidente, sem poluidor conhecido, atingir tantos estados”, disse a coordenadora geral de Emergências Ambientais do Ibama, Fernanda Pirillo.
Segundo Fernanda, o número de localidades atingidas pelo óleo ainda pode aumentar. “A gente ainda está fazendo o diagnóstico. Muitas praias ainda não foram vistoriadas. Pode ser que óleo seja encontrado em outros locais, aumentando esse número”.
“A gente orienta aos banhistas que não tenham contato com esse óleo e que se o encontrarem em alguma praia, que façam contato com os órgãos públicos indicando o local em que foram encontradas”, disse a coordenadora. A orientação vale para pescadores e demais profissionais que atuam nas praias.