O cientista britânico Robert Edwards, um Prêmio Nobel cujo trabalho pioneiro de fertilização in vitro resultou no primeiro bebê de proveta em 1978, morreu nesta quarta-feira aos 87 anos.
A Universidade de Cambridge, onde Edwards era professor, disse que o cientista morreu enquanto dormia em sua residência, nas proximidades da tradicional instituição de ensino britânica.
Junto com o doutor Patrick Steptoe, Edwards desenvolveu a fertilização in vitro. Em 1978, as pesquisas resultaram no nascimento de Louise Brown, o primeiro bebê de proveta.
Na ocasião, os dois cientistas foram acusados de brincar de deuses e de interferirem na natureza. Desde então, no entanto, cerca de 5 milhões de bebês nasceram com a ajuda da técnica, segundo estimativas da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia.
Calcula-se que cerca de 350 mil bebês são gerados anualmente por fertilização in vitro, a maior parte deles em mulheres com problemas de fertilidade.
"Edwards foi um cientista extraordinário", declarou o doutor Peter Braude, professor emérito de ginecologia e obstetrícia do Kings College, em Londres. Braude trabalhava em Cambridge quando Edwards e Steptoe desenvolveram a fertilização in vitro.
Edwards recebeu o Prêmio Nobel de Medicina em 2010 por seu trabalho de fertilização in vitro. Steptoe não recebeu o prêmio porque já havia falecido na época. O Prêmio Nobel não é outorgado postumamente. As informações são da Associated Press.