Pizzolato: Itália julga pedido de extradição em outubro

Pena imposta ao ex-dirigente foi de 12 anos e 7 meses de prisão
Adriana Oliveira
Publicado em 18/07/2014 às 15:18


O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou nesta sexta-feira (18) que a Justiça italiana voltará a discutir no próximo dia 28 de outubro o pedido de extradição de Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão. A pena imposta ao ex-dirigente foi de 12 anos e 7 meses de prisão.

"Essa sessão do julgamento foi adiada para o dia 28 de outubro a pedido da própria defesa. O Ministério Público da Itália já se pronunciou a favor da extradição. E agora falta o julgamento judicial. Depois de feito isso, haverá então a decisão política do Ministro da Justiça de recambiar ou não o preso para cá", afirmou Janot.

A decisão de adiar o julgamento ocorreu no último dia 5 de junho pela Corte de Apelações de Bolonha, após os advogados de Pizzolato alegarem falta de provas conclusivas de que os presídios do País são suficientemente seguros, como exige a legislação italiana. Segundo Rodrigo Janot, um relatório atestando as condições de três presídios brasileiros onde Pizzolato poderá cumprir pena foi encaminhado para conhecimento da Justiça Italiana.

"O relator do processo decidiu que Pizzolato cumpriria pena na Papuda em Brasília. Como o réu também tem direito a cumprir pena próximo ao seu domicílio, pedi para o Ministério da Justiça que indicasse dois presídios em Santa Catarina. Preparamos um dossiê sobre esses presídios de modo a demonstrar que, no cumprimento da pena, não havia ofensa aos direitos humanos", afirmou o procurador. Até a nova audiência, Pizzolato seguirá preso em Módena.

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