A fabricante da droga experimental contra ebola Zmapp, que foi aplicada nos dois norte-americanos infectados com a doença, disse nesta segunda-feira que os estoques do medicamento se esgotaram após a companhia enviar doses para um país do Oeste da África.
A Mapp Biopharmaceutical Inc. informou em nota que respondeu a todas as solicitações pela Zmapp que possuíam autorização legal e regulatória. A companhia afirmou que, em todos os casos, entregou a droga sem custos.
A empresa de San Diego não nomeou nenhum país que pediu o medicamento e não publicou detalhes adicionais. A droga ainda não havia sido testada em humanos, mas mostrou bons resultados nos estudos com macacos.
Na semana passada, a Mapp confirmou ter providenciado o medicamento para uso em dois norte-americanos infectados com o vírus do ebola na Libéria que foram enviados para tratamento em Atlanta. A empresa afirma que tem trabalhado com agências do governo dos EUA para aumentar a produção da Zmapp, que tinha estoques limitados já que ainda estava na fase de testes com animais.
Autoridades de Saúde na Libéria expressaram sua preocupação na semana passada porque o tratamento havia sido usado em dois norte-americanos, mas não nos doentes africanos. Oficiais do país disseram que tentariam conseguir doses do medicamento para seus pacientes.
Enquanto isso, a Nigéria e a Costa do Marfim suspenderam voos a países onde a epidemia de ebola se alastrou, temendo que o vírus se espalhe do Oeste da África para o mundo por meio de viagens aéreas. A Autoridade de Aviação Civil nigeriana proibiu o pouso de aviões da Gâmbia Bird Airlines, que realiza voos para Guiné, Serra Leoa e Libéria. A Costa do Marfim foi ainda além e baniu todos as viagens aéreas vindas destes três países.