Os combates entre o grupo extremista Estado Islâmico (EI) e o exército sírio se intensificaram nesta quarta-feira (20) pelo controle do último reduto do regime na província setentrional de Raqa, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
"Violentos combates acontecem desde a noite de terça-feira na região do aeroporto militar de Tabqa, a única posição ainda sob controle do regime de Bashar al-Assad na província de Raqa", segundo a ONG com sede na Grã-Bretanha.
Cinco jihadistas morreram nos confrontos iniciados há 10 dias, mas que ganharam força na terça-feira à noite. O regime sírio conta com o apoio da aviação para bombardear os insurgentes.
O EI, um grupo extremista que também espalha o terror no Iraque, controla amplas áreas do norte e leste da Síria, sobretudo na província de Raqa. Nas últimas semanas, expulsou o exército de duas bases importantes após a morte de mais de 100 soldados.
O avanço do EI obrigou o exército a iniciar uma inédita campanha de bombardeios contra suas posições.
Até então, na Síria havia duas frentes: entre as tropas do regime e os rebeldes que tentam expulsar Assad do poder e entre o EI e os rebeldes, que acusam o primeiro grupo de ter roubado sua "revolução" com as atrocidades que comete.
O grupo reivindica atos de crucificação, apedrejamento, flagelação e decapitações, como a divulgada em um vídeo na terça-feira que mostra a suposta execução do jornalista americano James Foley.
O EI anunciou em junho um "califado" nos territórios que controla na Síria e Iraque, onde as forças iraquianas e curdas apoiadas pela aviação americana tentam recuperar terreno.