A companhia aérea Malaysia Airlines diminuirá o número de seus efetivos e operações à espera da nomeação de um novo diretor-geral, cuja missão é tirar a empresa da beira do precipício após duas catástrofes aéreas.
O fundo público de investidores Khazanah Nasional, que conta com 70% de seu capital, quer injetar 1,44 bilhão de euros em troca de uma redução da companhia com o objetivo de torná-la mais rentável nos próximos três anos.
O chefe deste fundo, Azman Mokhtar, prevê a supressão de um terço dos empregados para ficar com apenas 14.000.
A Malaysia Airlines também deverá abrir mão de alguns destinos deficitários, mantidos até o momento por uma razão de prestígio, para converter-se numa companhia basicamente regional.
No final do ano deverá ser nomeado um novo diretor-geral. O atual, Ahmad Jauhari Yahua, continuará em seu posto até julho de 2015 para garantir uma transição suave.
Em grandes dificuldades desde 2011, a Malaysia Airlines duplicou suas perdas no segundo trimestre deste ano depois do desaparecimento, em 8 de março, de um de seus voos que fazia o trajeto entre Kuala Lumpur e Pequim. Outro voo comercial foi abatido com 298 pessoas a bordo em 17 de julho no leste da Ucrânia.
No total, perdeu mais de 900 milhões de euros (1,3 bilhão de dólares) em três anos.