Os jihadistas que controlam muitos territórios no Iraque e na Síria querem criar um mundo sanguinário, afirmou nesta segunda-feira o novo alto comissário para os direitos humanos da ONU, o jordaniano Zeid Ra'ad al Hussein.
"Como poderia funcionar no futuro um Estado takfiri? (um termo que designa os extremistas sunitas) Seria um mundo violento, mal-intencionado, onde não haveria sombra nem refúgio para os que não forem takfiri", disse Hussein em seu primeiro discurso na abertura da 27ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra.
Também afirmou que é uma "prioridade imediata e absoluta" colocar fim aos conflitos do Iraque e da Síria, onde o grupo jihadista Estado Islâmico "demonstrou sua indiferença absoluta e deliberada aos direitos humanos".
Zeid Ra'ad al Hussein, sucessor da sul-africana Navy Pillay no posto, foi duas vezes representante da Jordânia na ONU e também exerceu o cargo de embaixador de seu país nos Estados Unidos e no México.
Antes de ser eleito, representava a Jordânia no Conselho de Segurança da ONU.