Ataques aéreos matam 40 militantes no noroeste do Paquistão

O exército paquistanês declarou nesta quarta-feira (17) ter matado 40 insurgentes e destruído cinco de seus esconderijos em ataques aéreos como parte de uma grande ofensiva contra o grupo talibã no noroeste do país.

O Paquistão iniciou sua esperada ofensiva para libertar as bases do distrito do Waziristão do Norte, na fronteira afegã, em junho, depois que um ataque sangrento no aeroporto de Karachi finalmente afundou as complicadas negociações de paz com os rebeldes.

Um comunicado militar disse que, em ataques aéreos precisos, cinco esconderijos e depósitos de munição foram destruídos e quarenta insurgentes, incluindo estrangeiros, foram mortos nas aldeias de Nawe Kili e Zaram Asar, no norte de Dattakhel, no Waziristão do Norte.

A zona de conflito está fora dos limites para os jornalistas, então não há nenhuma maneira de verificar de forma independente o número e a identidade dos mortos.

O ministério das Relações Exteriores paquistanês também declarou ter apresentado um forte protesto ao Afeganistão depois que militantes lançaram um ataque contra tropas paquistanesas a partir do lado afegão da fronteira no Waziristão do Norte na terça-feira, no qual quatro soldados paquistaneses morreram.

"Entre 90 e 100 terroristas entraram em território do Paquistão no dia 16 de setembro de 2014 a partir de santuários/refúgios seguros recentemente estabelecidos através da fronteira em Khost, no Afeganistão, em frente ao Waziristão do Norte", disse.

"O ataque foi repelido com sucesso pelas tropas militares do Paquistão, infligindo baixas aos terroristas, que fugiram de volta para o Afeganistão deixando para trás três corpos", disse o ministério.

O Paquistão também transmitiu sua séria preocupação às autoridades afegãs em relação aos santuários de militantes recentemente estabelecidos nas províncias afegãs de Khost e Paktika, acrescentou.

Ataques aéreos, artilharia, morteiros e tropas terrestres foram utilizados para retomar territórios no Waziristão do Norte, que se tornou um paraíso para insurgentes do Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP) e de outras organizações militantes.