Os Estados Unidos receberam o compromisso de aliados que devem se unir nos ataques aéreos contra a Síria enquanto há a preparação para ataques contra alvos do Estado Islâmico na região, disse a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Samantha Power. Ela se negou, porém, a dar os nomes dos países que devem participar.
Falando ao programa de TV "Face the Nation", da CBS, Power sugeriu que deve haver um anúncio de "compromissos específicos" em breve. A administração espera que um ou dois aliados se juntem numa onda inicial de ataques aéreos, que poderiam ser lançados já na próxima semana. Os EUA e seus aliados já começaram a mirar alvos do Estado Islâmico no Iraque, mas ainda estão para iniciar ataques na Síria.
Os comentários ocorrem no momento em que o presidente Barack Obama e outros altos oficiais norte-americanos participam da Assembleia Geral da ONU em Nova York este mês, em parte tentando convencer mais parceiros para se unirem em uma coalizão liderada pelos Estados Unidos.
O secretário de Estado norte-americano John Kerry falou durante uma sessão especial do Conselho de Segurança da ONU na sexta-feira e ressaltou a importância de apoio por parte de Estados árabes e europeus na campanha contra o grupo Estado Islâmico, anteriormente chamado de Estado Islâmico do Iraque e do Levante, EIIL.
Questionada na entrevista à CBS sobre se os EUA têm alguma indicação sobre se outras nações estariam dispostas a participar dos ataques aéreos, Power respondeu: "Nós temos, sim, mas vamos deixar as outras nações anunciarem por conta própria qual vai ser seu compromisso específico com a coalizão".
Mais tarde, falando à rede ABC, Power declarou que os Estados Unidos não ficariam sozinhos atacando a Síria. "Eu farei uma previsão aqui, que é a de que nós não vamos realizar os ataques aéreos sozinhos caso o presidente decida realizá-los", afirmou.
A França se juntou aos EUA atacando alvos no Iraque, mas o presidente francês François Hollande já falou publicamente que não vai estender esses ataques à Síria. Oficiais franceses disseram que há a preocupação de que atacar o Estado Islâmico na Síria poderia dar força ao regime do presidente sírio Bashar al-Assad.