A China condenou nesta segunda-feira 12 pessoas à morte e deixou em suspenso outras 15 penas capitais pelos atentados de julho passado na região de Xianjiang, anunciou o site governista Tianshan.
Nos ataques, ocorridos em 28 de julho passado contra uma delegacia e prédios governamentais, morreram 27 civis e 59 'terroristas', segundo a versão oficial. Treze pessoas ficaram feridas.
Este incidente foi o mais violento desde os distúrbios registrados na capital regional, Urumqi, nos quais a maioria étnica dos Han e a minoria Uigur - a mais numerosa da região - se enfrentaram, deixando cerca de 200 mortos.
O tribunal condenou à prisão perpétua outras nove pessoas e sentenciou a 20 anos de prisão outras 20, segundo a fonte.
Os exilados Uigur colocaram em dúvida a versão do Governo chinês sobre o ocorrido em julho e o acusaram de provocar uma quantidade desnecessária de mortos pelo uso de metralhadoras e franco-atiradores.
Em Xinjiang, o acesso à informação se encontra rigidamente controlado pelas autoridades e os relatórios que são difundidos raramente não podem ser confirmados de forma independente.
Recentemente, Pequim acusou os separatistas de Xianjian por uma série de ataques violentos.
Vários grupos de defesa dos Direitos Humanos acusam o governo chinês de reprimir esta minoria de religião muçulmana e os apontam como responsável pela crescente instabilidade nesta região fronteiriça os os países da Ásia central.