EUA tomam medidas para conter avanço do ebola

Um total de 562 pessoas já foram examinadas desde que o primeiro dos aeroportos adotou a estratégia de prevenção
Danilo Galindo
Publicado em 22/10/2014 às 10:13
Um total de 562 pessoas já foram examinadas desde que o primeiro dos aeroportos adotou a estratégia de prevenção Foto: Foto: JOE RAEDLE / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP


O governo dos Estados Unidos está fechando o cerco sobre o ebola tomando ações para checar passageiros em aeroportos ao mesmo tempo em que trabalha para preparar hospitais e enfermeiras de diversos Estados a lidar com a doença, caso surja um novo paciente.

O secretário de Segurança Interna, Jeh Johnson, afirmou que o país está "tomando medidas para identificar e checar qualquer pessoa chegando aos Estados Unidos por terra, mar e ar que acredite ter estado na Libéria, Serra Leoa ou Guiné nos últimos 21 dias".

Dentre elas está a decisão, que passa a valer nesta quarta-feira de só permitir a entrada de viajantes oriundos do oeste da África em cinco aeroportos do país. As unidades em questão já adotaram protocolos de segurança contra a doença e irão medir a temperatura dos passageiros.

Um total de 562 pessoas já foram examinadas desde que o primeiro dos aeroportos adotou a estratégia de prevenção, em 11 de outubro. Quatro delas foram levadas do aeroporto Dulles (Washington) para um hospital local, mas nenhum deles foi diagnosticado com a doença.

As restrições aos viajantes ocorreu após Ruanda, um país livre do ebola no leste da África, afirmar que começaria a examinar americanos por causa dos três casos da doença registrados no Texas. Os Estados Unidos estão sob pressão do público e de congressistas para banir voos aos países afetados pelo ebola, mas o presidente Obama defende que essa decisão atrapalharia os esforços internacionais de ajuda humanitária na África.

No Texas, o governador Rick Perry designou duas unidades especiais para o tratamento do ebola, que irão internar possíveis futuros pacientes no Estado. O hospital que tratou os três casos da doença, contudo, não foi selecionado. Segundo Perry, a decisão foi tomada para dar alívio aos seus funcionários. Dezenas de pessoas que trabalham lá ainda estão sendo monitoradas para averiguar se foram infectadas.

Na terça-feira, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC na sigla em inglês) também atualizou suas orientações aos médicos do país para lidar com a doença.

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