EUA: noiva de médico com ebola ficará em quarentena

Morgan Dixon ficará sob quarentena em seu apartamento, em Manhattan
Danilo Galindo
Publicado em 25/10/2014 às 17:37
Morgan Dixon ficará sob quarentena em seu apartamento, em Manhattan Foto: Foto: Astrid Sehl / Ministério das Relações Exteriores


Autoridades de Saúde de Nova Iorque preparavam neste sábado a liberação da noiva de um paciente recentemente diagnosticado com ebola na cidade. Ela será levada até seu apartamento em Manhattan, onde ficará sob quarentena, afirmaram pessoas com conhecimento do assunto.

Morgan Dixon, de 30 anos, esteve em contato próximo com seu noivo, o doutor Craig Spencer, desde que ele voltou a Nova Iorque, no dia 17, após tratar pacientes com ebola na Guiné, informaram autoridades. Ela esteve com o paciente no centro hospitalar de Bellevue desde que ele recebeu diagnóstico positivo para o vírus na quinta-feira.

Dixon, uma escrivã, deve voltar ao apartamento que dividia com o noivo em Manhattan, contaram fontes próximas, onde ela deverá permanecer em quarentena. Dois amigos do doutor Spencer que se encontraram com ele após o retorno da Guiné também ficarão sob observação em suas casas.

O médico só foi diagnosticado com ebola após andar pela cidade de Nova Iorque, comer em um restaurante, andar de metrô e jogar boliche. Ele estava em condições estáveis neste sábado e conversava com os médicos de Bellevue, disseram autoridades municipais.

Neste sábado, o governador do Estado de Nova Iorque, Andrew Cuomo, defendeu sua decisão de colocar em quarentena os médicos que voltassem da África Ocidental. Ele disse estar tentando dar ao público uma sensação de confiança de que o governo os mantinha seguros.

"O que deveria dar uma sensação de segurança é que o governo está sendo preventivo", disse Cuomo em campanha pela reeleição em Westchester County. "E a postura do governo é pecar pelo excesso de precaução. Eu acho que isso dará confiança às pessoas."

Cuomo e o governador de Nova Jersey, Chris Christie, anunciaram nesta sexta-feira que os dois aeroportos internacionais da região fortaleceriam o rastreamento de passageiros vindos de países afetados pelo ebola. Segundo eles, qualquer um que tenha entrado em contato com a doença seria obrigado a ficar 21 dias em quarentena.

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