O Partido Popular, no poder na Espanha, anunciou na segunda-feira (27) a expulsão do ex-diretor do FMI Rodrigo Rato e de todos os demais membros do partido investigados em um caso de uso ilegal de cartões de crédito.
Rato integra um grupo de cerca de 80 pessoas acusadas de gastar o total de 15 milhões de euros em noitadas e compras com cartões de crédito da Caixa Madri/Bankia que não foram declarados ao fisco.
O ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), de 65 anos, foi ministro da Economia e número dois do governo do conservador José María Aznar durante dois mandatos (1996-2004). Rato havia solicitado sua suspensão temporária da militância no partido.
Rato é um dos 13 membros do Partido Popular (PP) envolvidos no caso dos cartões de crédito.
"O Comitê de Direitos e Garantias do Partido Popular, reunido na tarde de hoje, decidiu expulsar do partido todos os seus militantes envolvidos no caso dos cartões de crédito Bankia/Caixa Madri", revela um comunicado do PP.
O principal partido de oposição (PSOE) já havia expulso seus membros envolvidos no caso e criticava o PP por não fazer o mesmo.
Entre 2004 e 2007, Rodrigo Rato foi diretor do FMI, e a partir de 2009 presidiu a Caixa Madri, que se converteu em Bankia em 2010 após a fusão com outras seis instituições.
Rato, que gastou 99 mil euros, disse à justiça em meados de outubro que os cartões de crédito faziam parte de sua remuneração e que o valor gasto era deduzido de seu salário.