O presidente americano, Barack Obama, pressionou o presidente de Mianmar, Thein Sein, em reuniões nesta quinta-feira (13) para que a minoria muçulmana Rohingya tenha sua cidadania reconhecida e consiga pleno acesso à ajuda humanitária. A ação reflete uma profunda cisão entre o país e a comunidade internacional sobre o tratamento do grupo étnico.
A maioria dos cidadãos do país budista se refere aos Rohingya como "bengalis", alegando que são imigrantes ilegais de vizinho Bangladesh, em vez de um grupo com direito à cidadania. O governo de Mianmar tem a mesma conduta, apesar do grupo viver no país há diversas gerações.
Obama pediu que Mianmar "tomasse medidas rapidamente" para melhorar as condições da população, de acordo com um alto oficial local. O líder americano também pressionou para que agências humanitárias tenham pleno acesso ao grupo.
Mais cedo, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki Moon, pediu ao presidente de Mianmar para responder às preocupações sobre perseguições de membros da comunidade Rohingya. Em resposta, o ministro-chefe do estado de Rakhine, onde a maioria Rohingya vive, repreendeu Ban por usar a nomenclatura "Rohingya", alegando que ela alimenta tensões de violência sectária. Fonte: Dow Jones Newswires.