A justiça chinesa confirmou nesta sexta-feira em apelação a pena de prisão perpétua para o intelectual uigur Ilham Tohti, condenado por separatismo durante um julgamento em setembro, muito criticado pela União Europeia e pelos Estados Unidos.
Economista respeitado e considerado uma voz moderada, este professor universitário foi declarado novamente culpado por um tribunal de sua região de origem, Xinjiang, indicou seu advogado, Liu Xiaoyuan. Tohti denunciou durante muito tempo desde Pequim a repressão contra os uigures, muçulmanos de língua turca que representam a primeira etnia em Xinjiang, sem exigir, no entanto, a independência para esta região.
Durante seu processo, sob fortes medidas de segurança em Urumqi, a capital de Xinjiang, rejeitou a acusação de separatismo, afirmando simplesmente ter expressado suas opiniões durante os cursos que ministrava na Universidade Central das nacionalidades em Pequim.
Segundo declarações de seu advogado à AFP, durante seu comparecimento em apelação Tohti declarou "que sua conduta não ameaçou a segurança do Estado" chinês, assim como suas convicções contra a violência e o separatismo.