A rainha Elizabeth II defendeu nesta quinta-feira a reconciliação com a Escócia em seu tradicional discurso de Natal, após um ano marcado pelo referendo de independência que dividiu os cidadãos dessa região do norte da Grã Bretanha.
"Na Escócia, após o referendo, muitas pessoas sofreram uma grande desilusão enquanto outras sentiram um grande alívio. É preciso tempo para superar essas diferenças", admitiu a rainha da Inglaterra, de 88 anos.
A rainha já havia pedido a unidade da população no dia seguinte à vitória do "não" no referendo de setembro.
"As vantagens da reconciliação ficaram claras quando visitei Belfast (Irlanda do Norte) em junho", explicou Elizabeth II. Segundo ela, sua visita à antiga prisão de Crumlin Road Gaol, onde dois dirigentes da atual Irlanda do Norte estiveram presos durante o conflito com a Inglaterra -em que morreram 3.000 pessoas em três décadas-, ficará para sempre em sua memória.
"O que era uma prisão durante o conflito é agora um lugar de esperança (...), uma lembrança do que é possível quando as pessoas se dão as mãos", disse.
"A reconciliação é o final pacífico do conflito", completou a rainha, evocando as diversas cerimônias em memória à Primeira Guerra Mundial nesse ano.
Há 57 anos, o discurso de Natal de Elizabeth II, gravado dias antes no Palácio de Buckingham, é difundido no dia 25 de dezembro às 15H00 GMT (13H00 horário de Brasília).