Justiça do Egito emitirá veredicto contra Mursi em 21 de abril

Mursi é julgado com outros 14 líderes da Irmandade Muçulmana, seu movimento político, por sua suposta responsabilidade na morte de 10 manifestantes no dia 5 de dezembro de 2012
Da AFP
Publicado em 08/01/2015 às 12:17
Mursi é julgado com outros 14 líderes da Irmandade Muçulmana, seu movimento político, por sua suposta responsabilidade na morte de 10 manifestantes no dia 5 de dezembro de 2012 Foto: Foto: STR / AFP


A justiça egípcia pronunciará no dia 21 de abril seu veredicto em um dos três processos contra o ex-presidente islamita Mohamed Mursi, deposto pelo exército em 2013 e acusado neste caso de incitar o assassinato de manifestantes, indicaram fontes judiciais.

Mursi, primeiro presidente eleito democraticamente no Egito um ano e meio depois da queda de Hosni Mubarak, e depois deposto pelo exército, pode ser condenado à pena de morte.

Mursi é julgado com outros 14 líderes da Irmandade Muçulmana, seu movimento político, por sua suposta responsabilidade na morte de 10 manifestantes no dia 5 de dezembro de 2012, diante do palácio presidencial no Cairo.

Fontes do tribunal no Cairo que os julga afirmaram à AFP que o veredicto é esperado no dia 21 de abril.

No dia 5 de dezembro de 2012 ocorreram confrontos entre simpatizantes e opositores de Mursi depois que ele emitiu um decreto que estendia consideravelmente seus poderes.

Mursi e quase todos os líderes da Irmandade Muçulmana, o movimento que venceu todas as eleições desde a queda de Mubarak, em fevereiro de 2011, estão sendo julgados em outros dois processos, um por espionagem e outro por fugir da prisão durante a revolta popular que acabou com os trinta anos de poder do ditador.

Em uma nova audiência realizada nesta quinta-feira, o ex-presidente apareceu sorridente junto aos co-acusados, dentro de uma câmara com grades e isolada sonoramente do resto da sala, na academia de polícia do Cairo.

Desde sua queda, o novo regime, dirigido por Abdel Fatah al-Sissi, artífice do golpe e agora presidente, mais de 1.400 simpatizantes de Mursi morreram pelas mãos da polícia e do exército.

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