Os participantes da reunião de Genebra organizada pela Missão das Nações Unidas para Líbia (MISNUL) chegaram a um acordo sobre uma agenda com visitas para formar um governo de unidade, segundo um comunicado da ONU. Também pediram que haja um cessar das hostilidades para facilitar o diálogo.
"Os participantes pediram a todas as partes para por fim às hostilidade e assim criar um ambiente positivo para o diálogo", segundo nota, difundida depois de dois dias de reunião. Até então, a MINSUL era a única a pedir cessar dos combates.
Este primeiro ciclo de negociações permitiu um acordo sobre uma agenda com o objetivo de "chegar a um acordo para formar um governo de unidade consensual e a necessidade de disposições de segurança para deter os combates e garantir a retirada, por etapas, de grupos armados de todas as cidades da Líbia, e permitir assim que o Estado exerça sua autoridade sobre as infraestruturas vitais do país".
Não haverá reunião nesta sexta-feira e a ONU não informa quando será o próximo encontro. "As conversas têm sido construtivas e têm acontecido em uma atmosfera positiva", indica o comunicado. O objetivo destas negociações é que a Líbia saia do caos que se encontra desde outubro de 2011, quando Muanmar Kadhafi foi derrubado. As milícias que derrubaram Kadhafi disputam o território e as riquezas petrolíferas da Líbia.
A situação se agravou nos últimos meses, com a aparição de dois governos e dois parlamentos paralelos. Além disso, as duas cidades mais importantes do país, Trípoli e Benghazi (leste), estão controladas total ou parcialmente por milícias.
O governo ligado à aliança de milícias, em sua maioria islamitas, tem sede em Trípoli. O governo dirigido pelo primeiro-ministro Abddulah al Theni, reconhecido pela comunidade internacional, se encontra em Al Baida (1200 km ao leste de Trípoli).