Esquerda italiana indica juiz antimáfia como presidente do país

Nenhum candidato de consenso entre esquerda e direita foi escolhido
AFP
Publicado em 29/01/2015 às 18:45


O Partido Democrático (PD, esquerda), liderado pelo primeiro-ministro Matteo Renzi, propôs para o cargo de presidente da Itália o juiz constitucional e antimáfia Sergio Mattarella, uma iniciativa lançada poucas horas antes de serem iniciadas as votações no Parlamento.

Nenhum candidato de consenso entre esquerda e direita foi escolhido durante o prazo de 15 dias previstos pelas normas, entre a renúncia do então presidente Giorgio Napolitano, em 14 de janeiro, e o início das votações, nesta quinta-feira.

É provável que nenhum dos candidatos vença os três primeiros turnos das eleições. Segundo a Constituição é necessário para eleição de chefe de Estado obter dois terços dos votos durante as três primeiras votações, 673, enquanto a quarta basta a maioria simples de 505.

Renzi espera obter apoio das outras forças políticas moderadas para que Mattarella, que está entre os fundadores do Partido Democrático (PD), que vem da antiga Democracia Cristã e exerce desde 2011 como juiz do Tribunal Constitucional, seja eleito depois da quarta votação, pela qual é possível dizer que no sábado se conheça o vencedor.

"É o homem da legalidade, da batalha contra a máfia", afirmou Renzi, ao propor o nome do jurista, de 73 anos, como candidato do maior partido da Itália à presidência.

A renúncia apresentada há duas semanas por Napolitano, que completará em breve 90 anos, resultou na briga por um sucessor, que tem a tarefa de garantir a estabilidade política do país e o cumprimento da Constituição.

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