A guerra na Faixa de Gaza e na Cisjordânia colocou a economia palestina em recessão pela primeira vez desde 2006 - anunciou o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta quinta-feira.
Enquanto a Cisjordânia registrou um crescimento de 4,5% no ano passado, a atividade em Gaza caiu cerca de 15%, relatou o FMI, que vinculou a queda aos bombardeios israelenses e ao lento progresso na reconstrução.
Somando-se a atividade econômica em ambos os territórios, a contração foi de cerca de 1% do Produto Interno Bruto (PBI).
Depois de uma missão para avaliar o estado da economia, o FMI disse estar em dúvida de que seja possível obter uma forte recuperação este ano, devido à negativa de Israel de repassar à Autoridade Palestina a arrecadação de milhões de dólares em impostos pagos pelos palestinos e que se encontram bloqueados em bancos israelenses.
"Isso representa cerca de dois terços da receita líquida e é essencial para o orçamento da Autoridade Palestina e da economia palestina", declarou o Fundo.
Resultantes da falta de receita com os impostos, "a redução dos pagamentos de salários e outros cortes dos gastos públicos" causarão, provavelmente, uma "forte redução no consumo privado e no investimento", acrescentou o FMI.
Além disso, a reconstrução avança lentamente: em parte, pela falta de reconciliação real entre as diferentes facções políticas palestinas e, em parte, porque doadores que haviam se comprometido a apoiar o processo não estão cumprindo o acertado.