Em bate-papo com alunos, papa diz ter dificuldade com computadores

O bate-papo contou com estudantes de quatro países, incluindo um brasileiro, todos com alguma deficiência
Da Folhapress
Publicado em 05/02/2015 às 14:15
O bate-papo contou com estudantes de quatro países, incluindo um brasileiro, todos com alguma deficiência Foto: Foto: GABRIEL BOUYS / AFP


O papa Francisco disse nesta quinta-feira (5), em bate-papo online com estudantes, que tem dificuldades com os computadores.

A conversa foi feita para promover uma rede de colégios, lançada em 2013 pelo próprio pontífice, que usa justamente a tecnologia para que os alunos de diferentes países se comuniquem.

Uma aluna espanhola de 16 anos, que disse gostar de fazer filmes e fotografar, perguntou se o papa era adepto de tirar fotos e descarregá-las no computador.

"Sou péssimo com a máquina. Não sei mexer direito no computador. Que vergonha, não?", afirmou.

Em outra resposta, ele disse que não tinha tablet.

O bate-papo contou com estudantes de quatro países, incluindo um brasileiro, todos com alguma deficiência. Pedro, 12, estudante do colégio Albert Sabin (SP), disse que gosta de jogar futebol, como goleiro. Ele nasceu sem uma das mãos.

Perguntado pelo papa por que gosta de ser goleiro, Pedro disse que ficava feliz por estar com os amigos e praticar esportes. "Você está dando uma importante lição. O importante não é ganhar, mas é estar com os amigos", comentou o pontífice.

O papa afirmou ainda que a rede de colégios, chamado Scholas, pode ajudar a todos os alunos com deficientes, pois permite que eles se comuniquem. "Quando não nos comunicamos, ficamos sozinhos com nossas dificuldades."

Nesta quinta (5), foram apresentados também detalhes sobre outro projeto lançado pelo papa, o Scholas Labs. A ideia é que especialistas de empresas de tecnologia, como o Google, ajudem a desenvolver aplicativos a serem usados nas escolas.

Quem possui um projeto pode se inscrever no site. Se aprovado, a equipe técnica ajudará a desenvolver o produto e haverá financiamento. A promessa é que, quatro meses depois, a ferramenta já esteja disponível.

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