O Uruguai expulsou um diplomata iraniano depois que uma bomba falsa foi colocada perto da embaixada de Israel em Montevidéu, afirmou nesta sexta-feira o jornal israelense Haaretz.
A polícia uruguaia encontrou no dia 8 de janeiro um artefato que simulava ser um explosivo perto do edifício onde se instalou recentemente a embaixada de Israel em Montevidéu, em um bairro comercial.
O jornal, que cita um "funcionário oficial em Jerusalém", afirma que o diplomata foi expulso há duas semanas e que as autoridades advertiram Israel para que não fizessem nenhum anúncio público.
"As investigações realizadas pelos serviços de inteligência do Uruguai após a descoberta do artefato forneceram informação que aponta para um possível envolvimento de alguém na embaixada do Irã", escreve o correspondente diplomático do Haaretz.
"O governo do Uruguai pediu informação ao governo do Irã e após consultas entre ambos foi decidida a expulsão de um dos funcionários de alto escalão da embaixada do Irã", acrescenta o jornal.
O ministério das Relações Exteriores de Israel não quis confirmar ou desmentir a informação. "Estou ciente, mas não tenho nada a acrescentar", disse um porta-voz à AFP.
O artefato foi detectado em janeiro por cães da Guarda Republicana, que realiza controles diários nas zonas das embaixadas de Montevidéu, e levou ao fechamento de várias ruas e à evacuação da torre 4 do World Trade Center da cidade, onde os escritórios da embaixada foram instalados no fim de dezembro.