A guerrilha comunista colombiana das FARC negou neste domingo (8) em Havana qualquer envolvimento no desaparecimento de 2.760 pessoas, de acordo com a acusação do procurador Alejandro Ordóñez.
"Quando uma comissão independente receber e reunir informações precisas, sem mentiras, manipulações e má conduta (...) o país e o mundo saberão, que o que o procurador fala são mentiras, não é nada mais do que distrações para proteger os reais responsáveis pela guerra que devasta a Colômbia", disse a guerrilha em um comunicado.
O texto, assinado pela delegação de paz das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), foi lida neste domingo à imprensa pelo delegado Marcos Leon Calarca, ao início das negociações de paz em Havana com o governo Juan Manuel Santos.
A Colômbia vive um conflito de mais de meio século que envolve guerrilheiros, paramilitares, autoridades estaduais e traficantes de drogas, e que deixou mais de 220.000 mortos e 5,3 milhões de deslocados, segundo dados oficiais.