Farc quer que governo colombiano abra arquivos secretos sobre conflito

O governo de centro-direita de Santos e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), a maior e mais atuante guerrilha no país, negociam o fim do conflito desde novembro de 2012
Da AFP
Publicado em 04/03/2015 às 15:53
O governo de centro-direita de Santos e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), a maior e mais atuante guerrilha no país, negociam o fim do conflito desde novembro de 2012 Foto: Foto: YAMIL LAGE / AFP


O grupo guerrilheiro das Farc pediu ao governo colombiano nesta quarta-feira que retire o sigilo dos arquivos sobre o conflito armado.

Os dirigentes do grupo paramilitar também esperam que o governo local obtenha documentos secretos dos EUA a fim de que a verdade seja conhecida.

"O governo federal abrirá os arquivos oficiais, bem como retirará o caráter secreto em definitivo de informações reservadas sobre os diferentes assuntos relacionados ao conflito e sua manutenção", disse em comunicado o comandante guerrilheiro Joaquín Gómez, delegado nas negociações de paz com o governo colombiano em Havana.

Gómez assinalou que "a abertura de arquivos estatais é para esclarecer a verdade" sobre o conflito, agora que o processo de paz iniciado em 2012 passa pela recusa das Farc em passar mesmo que apenas "um único dia" na prisão. A questão complica o governo de Juan Manuel Santos, sob os olhares atentos da comunidade internacional.

A representação do governo colombiano é liderada por Humberto de la Calle, que não comentou a proposta das Farc, tampouco falou sobre a advertência feita na terça a Ricardo Téllez, otro outro porta-voz da delegação guerrilheira. Ele admite que "não é possível" consolidar um acordo de paz com os guerrilheiros a partir da proposta de encarceramento do grupo.

O governo de centro-direita de Santos e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), a maior e mais atuante guerrilha no país, negociam o fim do conflito desde novembro de 2012. 

O embate é travado há pouco mais de 50 anos e ocasionou a morte de 220 mil pessoas, além de outros 5,5 milhões de refugiados, segundo fontes oficiais.

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