França diz que voltar a falar com Assad seria 'presente escandaloso' ao EI

Se o diálogo com Assad for retomado, "milhões de sírios que foram perseguidos por Assad terminariam apoiando o Estado Islâmico, é evidente o que precisamos evitar"
Da AFP
Publicado em 16/03/2015 às 14:14
Se o diálogo com Assad for retomado, "milhões de sírios que foram perseguidos por Assad terminariam apoiando o Estado Islâmico, é evidente o que precisamos evitar" Foto: Foto: Sana / AFP


O ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, estimou nesta segunda-feira que voltar a falar com o líder sírio Bashar al-Assad seria "um presente escandaloso, gigantesco" aos jihadistas do grupo Estado Islâmico, que conquistaram vastas áreas no território sírio, onde instauraram um califado.

"A solução é uma transição política que preserve as instituições do regime, e não Bashar al-Assad, mas as instituições do regime e integrar a oposição", disse Fabius em um diálogo com a imprensa ao fim de uma reunião de ministros em Bruxelas.

"Qualquer outra solução que mantenha Bashar al-Assad no comando seria um presente absolutamente escandaloso, gigantesco aos terroristas" do Estado Islâmico, acrescentou.

Se o diálogo com Assad for retomado, "milhões de sírios que foram perseguidos por Assad terminariam apoiando o Estado Islâmico, é evidente o que precisamos evitar".

No domingo, o secretário americano de Estado, John Kerry, declarou que os Estados Unidos terão que negociar com Assad para colocar fim à guerra no país, que entra em seu quinto ano.

"No fim teremos que negociar. Sempre estivemos dispostos a negociar no âmbito do processo (de paz) de Genebra I", disse Kerry em uma entrevista divulgada no canal CBS, acrescentando que Washington trabalha sem descanso para reativar os esforços e encontrar uma solução política à guerra na Síria.

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