Venezuela está preparada para enfrentar 'política insólita' dos EUA, diz Fidel

O pai da revolução cubana elogiou a atitude do povo venezuelano e "a disciplina exemplar e o espírito da Força Armada Nacional Bolivariana" frente à lei do presidente Barack Obama
Da AFP
Publicado em 17/03/2015 às 11:33
O pai da revolução cubana elogiou a atitude do povo venezuelano e "a disciplina exemplar e o espírito da Força Armada Nacional Bolivariana" frente à lei do presidente Barack Obama Foto: Foto: The Presidential Press and Information Office


O líder cubano Fidel Castro afirmou nesta terça-feira que a Venezuela está preparada tanto no campo diplomático quanto no militar para enfrentar a "política insólita" de ameaças e imposições dos Estados Unidos, em uma carta dirigida ao presidente Nicolás Maduro.

A Venezuela "declarou de forma precisa que sempre esteve disposta a discutir de forma pacífica e civilizada com o governo dos Estados Unidos, mas nunca aceitará ameaças e imposições deste país", disse Castro na carta, publicada pelos meios de comunicação locais.

Na segunda carta que envia a Maduro em uma semana, o pai da revolução cubana elogiou a atitude do povo venezuelano e "a disciplina exemplar e o espírito da Força Armada Nacional Bolivariana" frente à lei do presidente Barack Obama que aplicou sanções contra funcionários da Venezuela e declarou o país uma ameaça para a segurança nacional dos Estados Unidos.

"Haja o que houver, o imperialismo dos Estados Unidos não poderá contar jamais com elas para fazer o que fez durante tantos anos", já que "hoje a Venezuela conta com os soldados e oficiais mais bem equipados da América Latina", acrescentou Castro, de 88 anos, e afastado do poder desde 2006 por razões de saúde.

Ele ressaltou que o povo venezuelano "jamais admitirá um retorno ao passado vergonhoso da época pré-revolucionária".

Castro também saudou os 11 países da Aliança Bolivariana para os povos de Nossa América (ALBA), que se reunirão nesta terça-feira em uma cúpula em Caracas para "analisar a insólita política dos Estados Unidos contra a Venezuela e a ALBA".

A reunião de Caracas é realizada depois que o Parlamento venezuelano concedeu a Maduro superpoderes anti-imperialistas para governar por decreto até o fim de 2015 em matéria de segurança e defesa.

Em outra carta que Maduro escreveu na última terça-feira, Castro o felicitou por seu brilhante e valente discurso diante das sanções impostas por Washington.

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