Premiê francês diz que há tomada de reféns em museu na Tunísia

Vários disparos foram ouvidos junto ao museu, que fica perto do parlamento
Da AFP
Publicado em 18/03/2015 às 11:53
Vários disparos foram ouvidos junto ao museu, que fica perto do parlamento Foto: Foto: AFP


O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, condenou nesta quarta-feira o ataque contra o Museu do Bardo em Túnis, que deixou 8 mortos, e mencionou uma possível tomada de reféns em andamento.

"Há uma tomada de reféns, certamente há turistas feridos e mortos", declarou Valls à imprensa, em Bruxelas, enfatizando que "este novo ato ilustra cruelmente a ameaça que a Europa e o mundo enfrentam". Na mesma coletiva, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, indicou que preferia não se alongar sobre o tema. "Evidentemente, acompanhamos a situação de perto", acrescentou.

Ao menos dois homens armados com Kalashnikov atacaram e mataram oito pessoas, sendo sete estrangeiros, nesta quarta-feira no Museu do Bardo, em Túnis, anunciou o ministério do Interior do país. "Um ataque terrorista ocorreu no Museu do Bardo", afirmou o porta-voz do ministério.

Vários disparos foram ouvidos junto ao museu, que fica perto do parlamento. Segundo um membro do partido islamita Ennahda, os trabalhos no parlamento foram interrompidos. Reforços policiais e unidades antiterrorismo foram enviados à área, segundo um fotógrafo da AFP.

De acordo com o porta-voz, dezenas de turistas se encontravam no museu no momento do ataque, mas a maioria foi evacuada. A fonte não confirmou se foi uma tentativa de tomada de reféns, como assinalou a imprensa local. "Mas há informações de que ainda há turistas dentro do museu", acrescentou.

O presidente Beji Caid Essebsi vai dar uma coletiva de imprensa mais tarde, segundo o porta-voz da presidência, Moez Sinaoui. O primeiro-ministro Habib Essid se reuniu, por sua parte, com os ministros da Defesa e do Interior.

A Tunísia registra desde a revolução popular de 2011 a ascensão de um movimento jihadista armado. Cerca de 60 policiais e militares foram mortos em confrontos perto da fronteira argelina, onde está ativo um grupo armado vinculado à Al-Qaeda.

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