Um acordo nuclear com o Irã garantirá que o Irã não dotar-se de uma bomba atômica, garantiu aos congressistas americanos o número dois do Departamento de Estado, Antony Blinken.
Um acordo final com o Irã vai aliviar "em etapas, de forma progressiva e (por isso) reversível" as sanções existentes, indicou o diplomata.
Os membros do Congresso estão preocupados com a possibilidade de que um acordo de duração determinada, de por exemplo 10 anos, permita o Irã reiniciar seu programa nuclear ao final deste prazo e desenvolver uma bomba.
"Isso simplesmente não é verdade", disse Blinken em uma audiência. "Pelo contrário, o Irã não terá nunca o direito de desenvolver uma arma nuclear, e vamos ter uma maior capacidade de detectar os esforços iranianos neste sentido".
Embora algumas restrições desenhadas possam ser levantadas "após um período significativo", outras irão se manter "por tempo indeterminado, incluindo um sistema rigoroso e verificável inspeção e vigilância" pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), garantiu.
Blinken também assegurou que a dimensão militar do programa nuclear deveria ser incluída em um possível acordo final.
"Para temas que não fazem parte do acordo (intermediário), incluindo a questão crucial das possíveis dimensões militares do programa iraniano, o Irã não cooperou com o pedido da AIEA, e deve ser parte de qualquer acordo", afirmou o diplomata.
O secretário de Estado, John Kerry, se reúne nesta quinta-feira em Lausanne, na Suíça, com o chanceler iraniano Mohammad Javad Zarif.
A nova rodada de conversações entre o grupo 5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha) e o Irã pretende selar um acordo antes de 31 de março.