Estado Islâmico reivindica ataques contra curdos e forças do regime sírio

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) reivindicou o ataque duplo a uma festa curda na sexta-feira no nordeste da Síria, bem como uma operação contra as forças do regime no centro do país.

"Vinte membros do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão) foram mortos e trinta outros ficaram feridos na explosão de um carro e de uma bicicleta, num atentado orquestrado pelo EI, no bairro de al-Mufti", em Hassaka, informou neste sábado al-Bayan, a rádio do grupo terrorista.

O duplo ataque ocorreu na véspera do Nowruz, o Ano Novo curdo, e fez 45 mortos, incluindo cinco crianças, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

Por temores de ataques similares, as celebrações de sábado foram cancelados na cidade de Hassaka, controlada pelas Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG), a milícia curda que combate os jihadistas no norte e nordeste Síria.

"Estes crimes bárbaros no dia da celebração de um feriado nacional sírio são a prova de que os assassinos não têm laços com o povo sírio, nem com os seus valores", disse neste domingo em um comunicado o Conselho Nacional Sírio (CNS), o principal componente da coalizão de oposição.

Além disso, o EI anunciou que matou nos dois últimos dias mais de 100 membros das forças do regime sírio e 15 membros do Hezbollah libanês, "em uma operação contra o regime entre as cidades de Salamiye e Sfeire", no centro da Síria.

O OSDH havia informado no sábado que pelo menos 82 membros do regime haviam sido mortos em ataques na sexta-feira pelo EI.