O exército israelense cometeu crimes de guerra e contra a humanidade durante a ofensiva no verão de 2014 na Faixa de Gaza, acusa um relatório da Federação Internacional dos Direitos Humanos (FIDH).
Depois de uma missão no local em outubro de 2014, a FIDH considera que a operação israelense, batizada "Barreira de Proteção", foi marcada por "sérias violações das leis internacionais que garantem os direitos humanos", em um documento com o título "Presa e castigada: a população de Gaza durante a operação Barreira de Proteção".
Desde que Israel iniciou a operação, a FIDH condenou com veemência o que, em um primeiro momento, pareciam "violações das leis internacionais dos direitos humanos cometidas pelas autoridades israelenses e seu exército", recorda o relatório.
"(A FIDH) igualmente condenou os lançamentos indiscriminados de foguetes e morteiros pelas forças palestinas, que provocaram mortos e feridos civis em Israel", completa o texto. "No entanto, o fato de que os grupos palestinos infringem as leis internacionais não dá carta-branca às forças israelenses".
A equipe de investigadores da FIDH que viajou à Faixa de Gaza visitou várias cidades e bairros severamente bombardeados como Rafah, Khan Yunes, Beit Hanun e a cidade de Gaza, onde entrevistou testemunhas, autoridades e membros de ONGs palestinas de defesa dos direitos humanos.