O governo da Tunísia disse neste domingo que as forças de segurança abateram o líder da principal organização jihadista local, Okba Ibn Nafaa, acusado de "coordenar" o ataque ao Museu do Bardo, no qual 22 pessoas morreram este mês.
As forças da Tunísia conseguiram "matar ontem (sábado) à noite os membros mais importantes do grupo Okba Ibn Nafaa, incluindo seu líder, Abu Sakhr Lokman", afirmou o primeiro-ministro tunisiano, Habib Essid, que descreveu a operação a repórteres como importante passo "na luta contra o terrorismo".
O anúncio foi feito enquanto a avenida 20 de março, que liga a praça Bab Saadoun ao Museu do Bardo, estava cheia de pessoas que participavam de uma grande marcha "contra o terrorismo" organizada pelas autoridades tunisianas, na qual se esperava a participação de líderes estrangeiros, incluindo o presidente francês, François Hollande.
Abu Sakhr foi morto durante uma operação das forças especiais na região de Gafsa (centro-oeste), na qual nove jihadistas armados morreram.
O Okba Ibn Nafaa, braço tunisiano da Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQIM), é responsável, segundo as autoridades, por muitos ataques contra o exército e a polícia desde o final de 2012, deixando dezenas de mortos.
Para a Tunísia, este grupo também está por trás do ataque ao Museu do Bardo, que deixou 22 mortos (21 turistas estrangeiros e um policial tunisiano), embora tenha sido o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), e não o AQIM, que assumiu a responsabilidade pelo atentato cometido por dois tunisianos armados com Kalashnikovs.
"A operação terrorista [do Museu] foi liderada pelo terrorista Lokman Abu Sakhr", afirmou na última quinta-feira o ministro do Interior, Najem Gharsalli.