O chefe da junta que governa a Tailândia anunciou nesta terça-feira que pediu ao rei sua autorização para suspender a lei marcial em vigor no país desde maio, mas completou que um novo decreto será anunciado.
"Já apresentei ao rei o pedido para suspender a lei marcial", declarou o primeiro-ministro Prayut Shan-O-Sha.
"Um novo decreto (para substituir a lei marcial) será publicado em breve".
A lei permite ao exército deter, prender ou levar pessoas aos tribunais militares, censurar a imprensa e proibir as reuniões políticas de mais de cinco pessoas.
Há vários meses, os aliados ocidentais da Tailândia, as empresas e os operadores turísticos pressionam o governo para que acabem com a lei marcial, em vigor desde maio do ano passado, dois dias antes do golpe de Estado do exército.
Uma vez retirada, a lei marcial será substituída pelo artigo 44 da Constituição interina da junta, que concede plenos poderes ao chefe da junta em termos de segurança nacional. Este último poderá impor seus decretos para todas as questões de segurança nacional, sem precisar passar pelo Parlamento.