Duas semanas de combates no Iêmen deixaram 519 mortos e 1.700 feridos - informou nesta quinta-feira a responsável pela setor de Operações Humanitárias da ONU, Valerie Amos.
Amos disse estar "extremamente preocupada" com a segurança dos civis que se encontram como reféns dos combates.
A violência aumentou no Iêmen após a intervenção da coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita desde 26 de março passado. A ofensiva foi organizada para conter o avanço dos rebeldes xiitas huthis.
"As partes envolvidas no conflito devem garantir que hospitais, escolas, acampamentos de refugiados, infraestrutura civil, em particular em zonas povoadas, assim como deslocados no interior do país não sejam alvo de ataques, nem usados para fins militares", declarou Amos em um comunicado.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef, na sigla em inglês) informou que pelo menos 62 crianças morreram, e 30 ficaram feridas nas últimas duas semanas no país. A agência da ONU acrescentou que um número ainda maior de crianças foi recrutado para treinamento militar.
Milhares de pessoas abandonaram suas casas, embora sua estada, ou passagem pelo Djibuti e pela Somália também sejam perigosos, acrescentou Valerie Amos.
As agências da ONU trabalham com o Crescente Vermelho do Iêmen para colaborar na entrega de ajuda de emergência e geradores, fornecendo à população água potável, alimentos e cobertores, completou a representante da organização.