Combates em aeroporto do sul da Síria deixam 35 mortos

Nos últimos quatro anos, foram mais de 215 mil pessoas mortas, em decorrência da guerra cuja maioria jihadistas exerce forte influência
AFP
Publicado em 11/04/2015 às 8:40
Nos últimos quatro anos, foram mais de 215 mil pessoas mortas, em decorrência da guerra cuja maioria jihadistas exerce forte influência Foto: Divulgação


As forças do governo responderam a um ataque contra um aeroporto importante do sul da Síria em uma violenta batalha, que terminou com 20 soldados e pelo menos 15 rebeldes mortos, anunciou uma ONG síria.

"O ataque aconteceu na sexta-feira na região do aeroporto militar de Jaljalah, na província de Sweida, sul do país, na sexta-feira", afirmou Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

As forças leais ao presidente Bashar al-Assad conseguiram manter o controle do aeroporto e seus arredores, apesar das mortes de 20 soldados.  O OSDH ainda aguarda a confirmação da identidade dos criminosos, mas Abdel Rahman afirmou à AFP que o mais provável é que o ataque tenha sido cometido pelos jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI). 

O aeroporto de Jaljalah fica próximo da principal estrada que liga a capital da província de Sweida, controlada pelo regime, com Damasco. 

"É uma área importante porque é drusa e fica no limite com a província de Damasco", disse Abdel Rahman à AFP, em referência à minoria religiosa que tem em Sweida seu reduto mais importante. 

O regime do presidente Assad afirma que protege as minorias dos islamitas estrangeiros. Os ataques contra as comunidades minoritárias aumentaram com o avanço do EI, que tem como alvos tanto as pequenas comunidades religiosas como os sunitas, que são acusados de não seguir a interpretação extrema do islã dos jihadistas.

Na sexta-feira, o braço sírio da Al-Qaeda se retirou da passagem de Nassib, uma área vital na fronteira da Síria com a Jordânia, segundo OSDH. 

Na região norte, pelo menos três pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em ataques com foguetes neste sábado em um bairro cristão da cidade de Aleppo. "O balanço de mortos provavelmente aumentará porque muitas pessoas estão feridas em condições críticas", disse Abdel Rahman.  

Mais de 215 mil pessoas morreram nos últimos quatro anos na Síria em uma guerra na qual a influência dos grupos jihadistas é cada vez maior.

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