Novos bombardeios aéreos da coalizão liderada pela Arábia Saudita atingiram nesta segunda-feira posições rebeldes no sul do Iêmen, principalmente em Áden, onde a população sofre com a falta total de recursos, denunciaram médicos e moradores.
Os ataques da coalizão prosseguiram durante a madrugada e tinham como alvos os postos de controle e posições dos rebeldes nas entradas da grade cidade portuária de Áden.
Os aviões bombardearam o complexo presidencial ocupado pelos rebeldes e que foi o último refúgio do chefe de Estado Abd Rabo Mansur Hadi, antes de sua fuga para a Arábia Saudita na véspera do início da intervenção militar árabe-sunita, em 26 de março. Cinco partidários de Hadi (dois civis e três combatentes) foram mortos por franco-atiradores.
Durante a noite, os confrontos entre os combatentes leais a Hadi e os rebeldes xiitas huthis e seus aliados — os militares leais ao ex-chefe de Estado Ali Abdullah Saleh - aconteceram em vários bairros da cidade. Muitas famílias fugiram da cidade desde o início dos combates.
"As escolas, as universidades e as empresas públicas e privadas fecharam", disse Mataz al-Maisuri, militante leal a Hadi e morador de Áden. A população sofre com a falta de tudo, principalmente alimentos, segundo as organizações humanitárias.
Os rebeldes huthis controlam a capital Sanaa, regiões do centro e oeste, assim como de territórios no sul, o que provocou a intervenção saudita. Riad acusa o Irã, xiita, de enviar armas aos rebeldes, o que Teerã nega.