Ao menos quatro pessoas morreram em confrontos nesta quinta-feira no Burundi, cenário há 12 dias de manifestações protagonizadas pelos opositores a um terceiro mandato do presidente Pierre Nkurunziza, segundo jornalistas da AFP, a polícia e a Cruz Vermelha.
Três das vítimas faleceram na capital, Buyumbura, e outra em um município a sudeste da capital. Os jornalistas da AFP viram os corpos de duas vítimas, um com uma bala na cabeça e o outro carbonizado. Por sua vez, a Cruz Vermelha indicou que uma pessoa gravemente ferida em uma explosão de granada havia morrido por seus ferimentos.
A quarta vítima, um adolescente de 15 anos, morreu baleado por um policial em Gisozi, um povoado localizado 80 km a sudeste de Buyumbura. Segundo o porta-voz da polícia, o agente "parecia responder aos tiros dos manifestantes".
Na manhã de quinta-feira, no bairro periférico de Kinama (norte de Buyumbura), um pequeno grupo de manifestantes enfrentou partidários do governo, segundo eles, membros de Imboneraukure, a organização juvenil do partido no poder.
A polícia abriu fogo contra os manifestantes, matando um deles. Os Imboneraukure, que a ONU classifica de milícias do poder, são acusados de intimidar os opositores de Nkurunziza.
Desde 26 de abril, Buyumbura é palco de manifestações nas quais ocorrem confrontos, às vezes violentos, entre os opositores de Nkurunzia e a polícia ou os Imbonerakure.