Restrição de importações colocam em risco milhares de crianças iemenitas

Em 26 de março uma coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita iniciou bombardeios aéreo no Iêmen, a fim de tentar deter o avanço dos rebeldes xiitas huthis
Da AFP
Publicado em 08/05/2015 às 14:14
Em 26 de março uma coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita iniciou bombardeios aéreo no Iêmen, a fim de tentar deter o avanço dos rebeldes xiitas huthis Foto: Foto SALEH AL-OBEIDI AFP


As restrições às importações ao Iêmen dificultam as operações humanitárias no país e colocam em perigo as vidas de milhares de crianças, advertiu a ONU nesta sexta-feira (8).

"Se mantidas, as restrições às importações comerciais de alimentos e combustível provocarão mais mortes nos próximos meses do que balas e bombas", alertou um porta-voz do Unicef, Christophe Boulierac.

O porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), Jens Laerke, afirmou que o que mais dificulta as importações "é o regime de inspeção estabelecido pela resolução do Conselho de Segurança, a fim de garantir que nenhuma arma entre no Iêmen".

Para o Unicef, se o combustível e os alimentos continuarem a escassear, a desnutrição aguda ameaçará diretamente mais de 120 mil crianças nos próximos três meses, além dos 160 mil menores que já sofrem deste tipo de desnutrição.

Em 26 de março uma coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita iniciou bombardeios aéreo no Iêmen, a fim de tentar deter o avanço dos rebeldes xiitas huthis.

Os combates no país causaram mais de 1.200 mortos e ao menos 5.000 feridos desde meados de março, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Por sua vez, o Unicef afirmou em 24 de abril que "pelo menos 115 (crianças) foram mortas e 172 mutiladas", entre o início dos bombardeios liderados pela Arábia Saudita e 20 de abril. Mais da metade das vítimas morreram nos ataques aéreos, segundo estima o Unicef.

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