O emissário da ONU no Iêmen pediu neste domingo (17) o prolongamento da trégua humanitária de cinco dias, iniciada pela coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita contra os rebeldes xiitas neste país e que expira neste domingo às 20h00 GMT (17h00 de Brasília).
"Solicito a todas as partes que respeitem esta trégua por ao menos cinco dias suplementares", declarou Ismail Uld Sheikh Ahmed, dirigindo-se, em nome do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, aos participantes de uma conferência sobre a crise iemenita realizada em Riad.
O emissário considerou que esta trégua, que não permitiu a chegada de ajuda humanitária suficiente às diferentes zonas afetadas pelo conflito, deveria se transformar em um "cessar-fogo permanente".
"Esta trégua deveria se transformar em um cessar-fogo permanente", repetiu o diplomata mauritano em seu discurso durante a conferência.
O encontro de Riad contou com a presença do presidente iemenita no exílio, Abd Rabo Mansur Hadi, e de representantes de facções iemenitas, embora tenha ocorrido sem a presença dos rebeldes xiitas.
Desde 26 de março, uma coalizão de países árabes liderada por Riad dirige uma campanha de bombardeios aéreos no Iêmen, em apoio ao presidente Hadi e contra os rebeldes xiitas huthis, para frear seu avanço e impedir que tomem o controle do país.
No dia 12 de maio, a coalizão iniciou uma trégua humanitária de cinco dias para facilitar o abastecimento de ajuda humanitária no país, no qual ao menos 1.578 pessoas morreram e 6.504 ficaram feridas desde o início dos bombardeios, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).