O governo de Mianmar afirmou nesta segunda-feira que compreende a preocupação da comunidade internacional com as ondas de emigrantes que fogem de seu território, mas alegou que não é o único país responsável pela crise.
O ministro da Informação, Ye Htut, disse que o governo entende "a inquietação da comunidade internacional, mas que ao invés de culpar Mianmar por todos os problemas, o tema deveria ser resolvido pelos sócios regionais".
Dezenas de milhares de muçulmanos rohingya, vítimas do preconceito na região oeste de Mianmar, tentam fugir em embarcações precárias pela Baía de Bengala. Nos últimos anos, além dos rohingya também se uniram à fuga os migrantes econômicos do vizinho Bangladesh que tentam escapar da pobreza.
Atualmente, Mianmar é alvo da pressão internacional. No último mês, milhares de migrantes foram abandonados em embarcações lotadas por traficantes, que fugiram depois que Tailândia, país de trânsito, adotou leis mais rígidas.
Milhares de rohingyas e bengaleses chegaram às costas da Malásia e da Indonésia, enquanto outros foram forçados a retornar para águas internacionais, o que provocou os protestos da comunidade internacional. Mianmar ainda não confirmou se comparecerá a uma reunião regional sobre a crise convocada pela Tailândia para 29 de maio.