A última rodada de negociações entre os governos americano e cubano não chegou a um acordo final para a reabertura das embaixadas dos dois países. Ambos anunciaram restabelecimento de relações diplomáticas em dezembro.
Em coletiva nesta sexta (22), em Washington, as duas diplomatas que comandam as negociações deram poucos detalhes sobre quais são os obstáculos que impedem a reabertura das embaixadas.
Josefina Vidal, diretora-geral da Divisão de Estados Unidos do Ministério da Relações Exteriores de Cuba, limitou-se a dizer que os dois países discutiram a abertura de embaixadas, e o "comportamento dos diplomatas" nos respectivos países.
"Não é tarefa fácil, dada a nossa história", declarou a subsecretária do Departamento de Estado para a América Latina, Roberta Jacobson. Ela disse que a rodada de conversas em Washington foi "altamente produtiva" e que houve "progresso significativo nos últimos cinco meses".
Questionada se há relação sobre as restrições de locomoção a diplomatas americanos em Cuba, Jacobson respondeu indiretamente.
"Há varias instâncias onde embaixadas funcionam em ambientes mais restritivos", disse Jacobson. "As regras variam nos países em que operamos."
A diplomata cubana elogiou a decisão de Obama de retirar Cuba da lista de países que patrocinam o terrorismo, e disse que nas últimas semanas houve diversos encontros entre as equipes dos dois países, tratando de temas como aviação, fraude imigração, áreas marinhas, tráfico de pessoas e direitos humanos. O próximo tema será saúde.
Atualmente, os dois países mantêm escritórios especiais de interesses em Washington e Havana, sem o status de embaixada.