Um tribunal francês absolveu nesta sexta-feira (12) o ex-diretor-gerente do FMI Dominique Strauss-Kahn do crime de proxenetismo agravado (exploração de prostituição), do qual era acusado.
Strauss-Khan, 66, mostrou-se impassível durante a leitura da sentença e só assentiu com a cabeça quando o juiz o declarou inocente de ter contratado prostitutas para festas libertinas em Paris, Bruxelas e Washington entre 2008 e 2011.
Na França, recorrer aos serviços de uma prostituta não é ilegal, mas incitar ou organizar seu trabalho é considerado crime.
Strauss-Kahn, que foi acusado junto a outras 13 pessoas por "proxenetismo agravado", nunca negou sua participação nestas festas, mas sempre sustentou que ignorava que as mulheres que participavam delas fossem prostitutas contratadas por seus amigos.
"Quando você lê a acusação dá a impressão de que isso [as orgias] era uma atividade frenética, mas isso só aconteceu quatro vezes por ano, não mais que isso. Não era uma atividade fora de controle", disse ele após as acusações.
O próprio promotor havia pedido a absolvição do ex-diretor do FMI, ao considerar que não havia provas contra ele.
A decisão judicial coloca fim a quatro anos de escândalos sexuais que acabaram com a carreira política de Strauss-Khan.