A bandeira dos Estados Unidos voltou nesta sexta-feira (14) a ondear em Cuba depois de 54 anos, após ser hasteada em sua embaixada no Malecón de Havana, em uma cerimônia liderada pelo secretário de Estado, John Kerry.
Com isso, a embaixada americana foi reaberta na capital cubana.
Três militares que arriaram a bandeira em 1961, quando os dois países romperam laços diplomáticos, a entregaram a três marines que a hastearam, enquanto uma banda do Exército americano interpretava o hino nacional do país.
Em seu discurso, lido anteriormente, Kerry pediu uma democracia verdadeira em Cuba.
"Estamos convencidos de que os cubanos ficarão melhor com uma democracia verdadeira, na qual as pessoas são livres para eleger seus líderes com compromisso, justiça econômica e social", declarou.
Kerry também mencionou o embargo contra a ilha.
"O embargo sempre foi uma via de mão dupla. As duas partes têm de retirar os obstáculos que mantiveram afastados os cubanos", enfatizou.
Antes, a bordo do avião que o levou à ilha, no início de uma histórica visita a Cuba, Kerry afirmou que "haverá contratempos pelo caminho", mas destacou que o restabelecimento das relações com a ilha "é o começo de uma nova era".
A reabertura da embaixada americana em Havana, que completa a aproximação entre os dois países, abre as portas para uma nova era de negociações, cordiais e duras ao mesmo tempo.
O avião de Kerry, primeiro chefe da diplomacia dos Estados Unidos a visitar a ilha desde 1945, pousou no aeroporto José Martí de Havana às 9H00 locais (10h00 de Brasília), o início de uma visita de menos de 12 horas à capital cubana.
Kerry foi recebido ao desembarcar pela subdiretora de protocolo da chancelaria cubana, Margarita González.