O governo dos Emirados Árabes Unidos denunciou a invasão de rebeldes xiitas iemenitas na sua embaixada em Sanaa, capital do Iêmen, e exigiu a desocupação imediata do local, em declaração oficial publicada na madrugada desta terça-feira (18).
Juntamente com a Arábia Saudita, os Emirados apoiam atualmente as forças pró-governamentais no Sul do Iêmen, em uma ofensiva com o objetivo de recuar os rebeldes xiitas houthis que ocupam grande parte do território iemenita, incluindo a capital Sanaa, desde o início do ano. Os houthis, apoiados pelo Irã, mantêm-se fiéis ao antigo presidente iemenita Ali Abdallah Saleh e têm, progressivamente, expandido a presença no país.
Depois de terem “condenado, nos termos mais fortes, a ocupação” da embaixada nessa segunda-feira (17), o Ministério das Relações Exteriores dos Emirados advertiu que a capital Abu Dhabi reserva-se “o direito de levar à Justiça os autores deste ataque”.
Trata-se de nova prova de que o grupo de houthis “não tem qualquer respeito pelas convenções internacionais e pelas normas diplomáticas, já que pratica a lei da selva”, afirmou o governo em comunicado.
Em 26 de março, a Arábia Saudita passou a liderar uma coligação que fez ataques aéreos contra os houthis no Iêmen.