Um ataque com uma bomba foi realizado na manhã desta sexta-feira perto de um prédio da segurança estatal no Cairo, deixando seis feridos. O Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque, em comunicado distribuído na internet.
O ataque foi uma retaliação ao fato de o governo do Egito ter executado seis homens implicados nas mortes de policiais em março de 2014, disse o comunicado, distribuído pelo SITE Intelligence Group, que monitora a atividade global dos extremistas islâmicos. Os homens eram supostos membros do Ansar Beit al-Maqdis, grupo terrorista que desde então prometeu obediência ao Estado Islâmico e mudou seu nome para Província do Sinai. Um membro do grupo, Abu Usama al-Masri, havia divulgado uma mensagem de áudio em maio ameaçando vingança após as execuções.
A explosão foi ouvida no centro do Cairo às 2h30 (hora local) e causou danos consideráveis à estrutura exterior do edifício e também a apartamentos próximos, no bairro de Shubra Al Kheima, 10 quilômetros ao norte da capital. O Ministério do Interior confirmou que seis policiais ficaram feridos e levados ao hospital, sem dar detalhes sobre seu estado de saúde.
Na terça-feira, o presidente egípcio, Abdel Fattah Al Sisi, ratificou uma lei que dá mais poderes à polícia e ao Judiciário em casos de terrorismo, mas também amplia a definição do que pode ser considerada uma ameaça nacional. Isso gerou o temor entre os grupos pelos direitos humanos de que a norma vá ser utilizada para ampliar a perseguição contra oponentes políticos.