A Unasul anunciou nesta terça-feira (1º) que vai propor a criação de uma comissão para verificar a situação de direitos humanos na zona limítrofe entre Colômbia e Venezuela, após o fechamento fronteiriço e a deportação de colombianos expulsos por Caracas.
O secretário-geral do organismo, Ernesto Samper, antecipou a proposta do bloco em sua conta do Twitter.
A União das Nações Sul-Americanas (Unasul) "vai propor na próxima Reunião de Chanceleres uma Comissão Regional de verificação e garantia de DH na fronteira colombo-venezuelana", afirmou Samper.
A Colômbia havia convocado esta semana uma reunião de chanceleres da Unasul para tratar a crise fronteiriça e diplomática com a Venezuela. Contudo, o organismo ainda não confirmou a data do encontro.
A crise bilateral teve início em 19 de agosto, quando Caracas ordenou o fechamento de vários pontos de passagem, após um ataque de desconhecidos a militares venezuelanos que realizavam uma operação anti-contrabando.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, justificou o fechamento como parte de uma ofensiva contra paramilitares colombianos financiados pelo contrabando fronteiriço e que pretendem, segundo o presidente, desestabilizar seu governo.
Desde então, cerca de 1.100 colombianos foram deportados, enquanto outros 10.000 cruzaram a fronteira por medo de serem expulsos, separados de suas famílias e perder seus pertences, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).
A crise se agravou depois de ambos países chamarem para consultas seus embaixadores em 27 de agosto.