O fluxo em massa de imigrantes na Alemanha mudará o país, afirmou nesta segunda-feira (7) a chanceler do país, Angela Merkel, que prometeu trabalhar para que estas modificações sejam "positivas".
"O que vivemos agora é algo que continuará tendo a nossa atenção nos próximos anos, que nos mudará, e queremos que a mudança seja positiva. Pensamos que podemos conseguir isso", declarou à imprensa.
Merkel mencionou um fim de semana "emocionante e impactante", durante o qual chegaram à Alemanha quase 20 mil refugiados, a maioria vindos da Síria.
A chanceler comemorou o fato de a Alemanha ter se transformado em um país que as pessoas associam à esperança. "É algo muito valioso se observarmos nossa história".
ESFORÇO - A chanceler fez também um apelo à União Europeia "por um esforço".
"Alemanha, Áustria e Suécia não podem ser os únicos países que recebem refugiados", afirmou o vice-chanceler e ministro da Economia da Alemanha, o social-democrata Sigmar Gabriel.
Em relação à atitude de outros países europeus, Merkel disse que "não é possível dizer 'não tenho nada a ver com isso'".
A Alemanha vai liberar 6 bilhões de euros adicionais para receber demandantes de asilo e refugiados em 2016, anunciou nesta segunda-feira a coalizão que governa o país.
O país elevará em 3 bilhões de euros o orçamento federal para as pessoas que solicitam asilo e disponibilizará outros 3 bilhões de euros para os Estados regionais e os municípios, responsáveis pelos alojamentos dos refugiados.
A distribuição detalhada do valor será definida em 24 de setembro, durante uma reunião de representantes da federação com os Estados regionais.
O país prevê que 800 mil migrantes solicitem asilo neste ano, ante 200 mil em 2014.
Nesta segunda-feira, um incêndio em um centro de refugiados em Bade-Wurtemberg, região sudoeste do país, deixou cinco feridos.