Alemanha diz que US$ 5,7 bilhões são necessários para melhorar vida de refugiados

O ministro da Economia da Alemanha estimou que bem mais de 100 mil imigrantes entraram no país neste mês
Do Estadão Conteúdo
Publicado em 19/09/2015 às 11:23
O ministro da Economia da Alemanha estimou que bem mais de 100 mil imigrantes entraram no país neste mês Foto: Foto: Italian Navy via AP Photo


A comunidade internacional precisa destinar 5 bilhões de euros (US$ 5,7 bilhões) em fundos para aliviar a crise de refugiados no Oriente Médio, afirmou neste sábado o ministro da Economia da Alemanha, Sigmar Gabriel. A declaração é dada em um momento de forte aumento no fluxo de imigrantes que chegam à Europa.

"Este é o mínimo que precisamos para retornar a um nível aceitável de nutrição e cuidado médico", disse Gabriel. Ele pediu que a União Europeia, os Estados Unidos, os países do Golfo Pérsico e organizações internacionais contribuam.

O montante não inclui, segundo o ministro, recursos para outros programas, como treinamentos. Gabriel falou durante um evento na Áustria, organizado pelo Partido Democrático Social. "Nós precisamos convencer os Estados do Golfo na região a investir junto conosco, porque se tivermos uma geração perdida nos campos de refugiados essa é a próxima geração da qual emergirá um repositório de terroristas."

A Alemanha e a Suécia são os maiores destinos na Europa para os imigrantes que fogem da guerra na Síria, no Iraque e no Afeganistão. Eles seguem, além disso, para campos pelo Oriente Médio. Apenas na Alemanha, bem mais de 100 mil imigrantes entraram no país neste mês. Na semana passada, Gabriel estimou que esse número poderia superar 1 milhão neste ano.

Neste sábado, países ao longo da fronteira europeia continuavam a lidar com o fluxo de pessoas. A Croácia enviou imigrantes à Eslovênia e à Hungria, enquanto as autoridades húngaras enviavam milhares de pessoas para a fronteira austríaca.

"Nós não temos apenas uma crise de refugiados, mas também uma crise de responsabilidade na União Europeia", afirmou o primeiro-ministro sueco, Stefan Lofven, presente no evento na Áustria. O ministro das Relações Exteriores austríaco, Werner Faymann, também participou.

Na quarta-feira, líderes da UE se reúnem para discutir como lidar com o fluxo de imigrantes. Os países do bloco precisam ainda chegar a um acordo para redistribuir de maneira mais igualitária 120 mil pessoas que estão na Grécia, na Itália e na Hungria. O encontro se seguirá a conversas entre ministros do Interior e da Imigração planejados para a terça-feira.

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