A Suíça baniu a venda de modelos da Volkswagen acusados de fraudar testes de emissão de poluentes. A medida afetará 180 mil carros que estão à venda no país e ainda não foram registrados pelas autoridades.
A proibição, anunciada na sexta (25), se estende a veículos com motor 1.2, 1.6 e 2.0 movidos a diesel, incluindo modelos das marcas VW, Audi, Seat e Skoda que possuem motores da categoria Euro 5. Essa escala serve como padrão de emissão de poluentes.
O veto não se estende à carros que já estão em circulação.
Após a fraude ter sido apontada pelo governo americano na sexta-feira passada, a empresa admitiu na terça que equipou 11 milhões de carros com um software capaz de fraudar testes de emissões de poluentes.
As autoridades suíças criaram uma força-tarefa para apurar o caso. Países como EUA, Alemanha, Itália, França, Coreia do Sul e Índia também abriram investigações.
No Brasil, o Ibama anunciou que fará sua análise da fraude e poderá impor multa de até R$ 50 milhões à montadora, além de um recall.
NOVO PRESIDENTE
Na sexta (25), a Volkswagen anunciou o diretor-executivo da Porsche, Matthias Müller, como novo presidente global da empresa.
Müller, 62, substitui Martin Winterkorn -que renunciou na quarta-feira e se responsabilizou pela fraude, mas disse que não sabia sobre ela.
Em coletiva de imprensa na sede da empresa em Wolfsburg, Alemanha, o novo presidente da Volks afirmou que "a mesma coisa não pode acontecer nunca mais".