A Alemanha não terá de aumentar os impostos para ajudar a pagar centenas de milhares de refugiados e outros imigrantes que se dirigiram ao país, disse a chanceler Angela Merkel, em uma entrevista. O governo deve colocar em vigor novos regulamentos até novembro, para ajudar a lidar com o fluxo de pessoas.
A Alemanha espera ao menos 800 mil recém-chegados neste ano, porém Merkel disse ao jornal Bild, na prévia de uma entrevista que será publicada na edição de segunda-feira que "definitivamente" não haverá aumento de impostos para ajudar a cuidar deles.
"Nós podemos estar satisfeitos, porque o país foi bem gerido por muitos anos e a nosso situação econômica é boa atualmente", disse ela.
Merkel, que viu sua popularidade diminuir ligeiramente em meio a preocupações com o aumento drástico de imigrantes, também buscou acalmar os receios de que os números poderiam sobrecarregar o sistema de saúde do país.
Em uma entrevista separada, o novo coordenador do governo da Alemanha para essa questão dos refugiados disse que o país deve racionalizar seus sistemas para lidar com eles.
Peter Altmaier, chefe de gabinete de Merkel e que foi neste mês encarregado da resposta do governo ao fluxo de recém-chegados, disse ao jornal Bild que a Alemanha "não vai virar as costas" a quem precisa e deve reduzir a burocracia para acelerar o processo de asilo.